É a partir do néctar das flores e do processamento de enzimas digestivas das abelhas que se produz o mel. Utilizado desde a época antiga como adoçante em receitas, também é muito reconhecido pelas suas propriedades medicinais.
Conheça então os benefícios do mel, possíveis riscos e contraindicações no consumo:
Contém antioxidantes
Os antioxidantes ajudam a proteger o corpo dos danos celulares causados pelos radicais livres, que contribuem com o processo de envelhecimento e o surgimento de doenças crônicas, como câncer e problemas cardíacos, e o mel tem diversos antioxidantes em sua composição, incluindo compostos fenólicos, como os flavonoides.
Ajuda a reduzir a pressão arterial
Devido aos antioxidantes, temos o efeito de reduzir a pressão arterial, que é um fator de risco para doenças cardíacas.
Além disso, uma colher de sopa rasa de mel contém 18 mg de potássio, que se trata de um mineral que mantém o equilíbrio da quantidade de água nas células e compensa os efeitos do excesso de sódio na dieta. O potássio ainda contribui com a eliminação do sódio no organismo por meio da urina. Quando ocorre um desequilíbrio de mineral no corpo, é comum surgir a hipertensão, mais conhecida como pressão alta. Isso porque, em excesso, o sódio se acumula no sangue e pressiona os vasos sanguíneos.
Ajuda a melhorar os níveis de colesterol
Sabe aquele colesterol considerado ruim (LDL)? Pois então, o mel tem o poder de ajudar a reduzir o colesterol ruim (LDL) e de aumentar o colesterol bom (HDL).
Um estudo realizado com 55 pessoas comparou o mel ao açúcar e descobriu que o primeiro reduziu em 5,8% o LDL e aumentou 3,3% o colesterol HDL. Além disso, quem consome mais o alimento apresenta níveis mais baixos de triglicerídeos, especialmente quando ele é usado para substituir o açúcar refinado. Por isso, também é benéfico para o coração, uma vez que o colesterol e os triglicerídeos elevados são fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
Auxilia nas defesas imunológicas
Como o alimento apresenta atividade antimicrobiana, pode ser utilizado durante o período de infecção respiratória para auxiliar nas defesas imunológicas. Um estudo realizado com 139 crianças apontou que alguns micro-organismos, principalmente bactérias, são sensíveis e pouco resistentes às propriedades presentes no mel.
Faz bem para a saúde gastrointestinal
O consumo do mel ajuda a proteger e a recuperar a mucosa gástrica, por meio de sua ação anti-inflamatória e antioxidante. Além disso, contribui para a manutenção das boas bactérias do sistema gastrointestinal. Com isso, se torna eficaz no tratamento de problemas digestivos e intestinais leves.
Alivia sintomas de resfriados
Quem nunca ouviu que o mel diminui a tosse? Pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram um estudo no periódico científico BMJ Evidence Based Medicine que aponta que o alimento traz alívio para sintomas de infecções do trato respiratório superior. Além disso, o alimento também alivia o desconforto da inflamação na garganta. A sacarose e a frutose, presentes no mel, estimulam a produção de saliva que hidrata a mucosa da garganta, protegendo de irritações.
Benefício em estudo tem efeito cicatrizante
Devido às suas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, o alimento pode auxiliar no tratamento de feridas. Mas vale destacar que esse efeito é obtido quando o mel é aplicado diretamente na lesão, e não pelo seu consumo. Um compilado de 26 estudos com mais de três mil participantes mostrou que o mel é eficaz na cicatrização de feridas e queimaduras. Apesar disso, é muito importante buscar ajuda médica antes de passá-lo diretamente na pele.
Riscos e contraindicações
Como nem tudo são flores, fique atento aos riscos e contraindicações que o mel pode ter.
Alertamos: crianças menores de um ano não devem consumir o mel. Isso porque o alimento pode estar contaminado por esporos de uma bactéria conhecida como Clostridium botulinum, que causa o botulismo infantil. A doença produz uma toxina botulínica que afeta o sistema neurológico das crianças. Para adultos, não há esse risco, já que eles possuem a microbiota completamente formada e conseguem combater a bactéria.
Fica o alerta também para quem tem diabetes. O consumo do mel deve ser maneirado, pois em excesso aumenta os picos de glicemia no corpo, por ser um alimento rico em açúcar.
Dicas extras
Qual a quantidade recomendada?
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a recomendação de ingestão de qualquer açúcar é de no máximo 50 g/dia. O ideal é reduzir o consumo para 25 g/dia. Por isso, o consumo de mel deve ser bastante moderado, cerca de uma colher (de sopa) cheia por dia já é o suficiente.
Como consumir?
Podemos substituir o açúcar pelo mel em diversas receitas como bolos, tortas e sucos.
É comum também consumir o mel com cereais, iogurte e frutas.
Receitas agridoces são uma delícia! Você pode procurar receitas de molhos como mostarda e mel para acompanhar peixes e carnes.
Fique atento a receitas que pedem o mel em altas temperaturas. Isso porque o mel acaba perdendo nutrientes se colocado nessas situações. Por isso, sempre que possível evite receitas que exigem que o mel seja aquecido.
Fonte: Viva Bem