Atividades físicas e esportivas contribuem de maneiras diversas para a qualidade de vida, tanto no individual quanto coletivo. Trazem benefícios à saúde, estimulam a socialização, proporcionam a sensação de bem-estar, entre outros.
E para as pessoas com deficiência, os ganhos são ainda maiores: aprimora a força, o equilíbrio e a agilidade, estimula o convívio externo e previne as enfermidades secundárias à deficiência.
No aspecto social, proporciona a sociabilização e aumenta a independência no dia a dia. No aspecto psicológico, o esporte melhora a autoconfiança e a autoestima, tornando os praticantes mais otimistas e seguros para alcançarem seus objetivos.
Além de sessões de reabilitação e fisioterapia, existem modalidades específicas para as pessoas portadoras de deficiência, como o atletismo, natação, bocha, basquetebol em cadeira de rodas, dança adaptada, goalball entre outros.
Cada vez mais presentes:
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE em 2019, aproximadamente 8,4% da população são deficientes. Isso quer dizer que aproximadamente 17 milhões de pessoas possuem alguma deficiência na nossa população.
Deficiência não significa incompletude:
Ao longo de muito tempo, a abordagem patológica da deficiência enfatizava as desvantagens individuais e propunha intervenções direcionadas a uma suposta incompletude dos corpos.
Mais recentemente, essa concepção foi substituída por outra, que assume a deficiência como característica humana e desloca o sentido da ação ao ambiente e às atitudes sociais. Assim, são os espaços físicos, as formas de se comunicar, a oferta de serviços e os modos de relacionamento que precisam ser repensados.
Um direito de todos:
Compreendidas pela Constituição Federal de 1988 como um direito, as atividades físicas devem estar acessíveis às cidadãs e cidadãos de todas as idades, gêneros, cores, classes, credos e corpos incluindo as pessoas com deficiência.
São necessárias abordagens, estratégias e experiências que possibilitem e impulsionem a presença desse público nos mais variados espaços de convívio. É imprescindível que centros culturais e esportivos aprofundem suas perspectivas sobre o assunto, por vezes até se reinventando.
Reduzir as barreiras que dificultam ou inviabilizam a participação plena de quem quer que seja nas práticas de atividades físicas e esportes é o melhor caminho para a inclusão de todos.
Fonte: Saúde Abril