Doenças do século 21: quais são os impactos no ambiente de trabalho?

Nos últimos anos, tem se falado muito sobre doenças relacionadas à saúde mental, como depressão, síndrome do pânico e ansiedade. Esses transtornos são conhecidos como doenças do século 21, causadas por vários fatores e pelo ritmo acelerado da vida moderna.

Embora os números sejam preocupantes, como o fato de mais de 300 milhões de pessoas sofrerem com a depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas doenças nem sempre são tratadas com a seriedade que merecem. Muitas vezes, o ambiente de trabalho pode agravar a situação de quem já enfrenta esses problemas.

Neste artigo, vamos explicar essas doenças, seus sintomas e como elas afetam a vida e a saúde profissional de quem as sofre. Continue lendo!

Doenças do século 21: uma visão geral

O número de pessoas que já enfrentaram uma crise de ansiedade ou depressão não para de crescer. De acordo com uma pesquisa da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, 63% das pessoas sofrem de ansiedade severa, 37% enfrentam estresse agudo e 59% têm quadro depressivo.

É importante entender essas doenças, saber como se manifestam e o que pode ser feito para preveni-las. Vamos começar com a depressão, que é um dos principais problemas.

Depressão

Muitas pessoas confundem depressão com tristeza profunda, mas ela é uma doença mais grave que precisa ser diagnosticada por um profissional. Seus sintomas incluem mudanças no humor, problemas para dormir e comer, falta de energia e dificuldade de concentração. Em casos mais graves, pode haver pensamentos suicidas.

A depressão é uma das principais causas de afastamento do trabalho. Em 2016, mais de 75 mil pessoas se afastaram de suas funções devido à depressão, representando quase 40% das licenças relacionadas a transtornos mentais. O tratamento requer acompanhamento psicológico e, em alguns casos, psiquiátrico.

Ansiedade patológica

É normal sentir ansiedade antes de uma apresentação ou de uma prova, mas quando ela é frequente e intensa, é necessário ficar atento. As crises de ansiedade são causadas por gatilhos emocionais, como pessoas, situações específicas ou até mesmo o consumo de café e álcool.

Os sintomas incluem preocupação excessiva, medos irracionais, agitação constante e problemas digestivos, como refluxo e gastrite, o que reforça o impacto da saúde mental no corpo. O tratamento inclui terapia, boa alimentação e atividades prazerosas, como ouvir música ou assistir a filmes.

Síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout, inicialmente identificada pelo psicólogo Herbert Freudenberger em profissionais da saúde, também afeta pessoas de diferentes áreas, independentemente do cargo. Ela é causada por estresse extremo e contínuo, gerado por altas cobranças e acúmulo de responsabilidades.

O principal sintoma é o esgotamento físico e mental, tornando difícil manter a dedicação ao trabalho, o que gera ainda mais frustração e nervosismo.

Impacto dessas doenças nas empresas

O principal impacto dessas doenças nas empresas é a queda na produtividade. Funcionários com transtornos mentais têm dificuldade em se concentrar, interagir com os colegas e manter um bom desempenho nas tarefas. Isso resulta em atrasos, faltas e entregas com qualidade inferior.

A situação piora quando as empresas tratam esses problemas como tabu. Em um estudo com 267 empresas, feito pela consultoria Mercer, menos de 20% investiam em programas de saúde mental para seus colaboradores.

A ajuda das empresas é crucial porque, muitas vezes, os funcionários nem sabem que estão enfrentando um transtorno ou têm medo de procurar ajuda devido ao estigma. Investir nesse apoio é benéfico para todos: o funcionário recebe a ajuda necessária e a empresa mantém um bom desempenho, com colaboradores mais saudáveis e motivados.

O papel das empresas nesse cenário

O primeiro passo é treinar os gestores e líderes para lidar com esses problemas. É importante desmistificar as doenças mentais e entender as consequências que elas podem trazer para a vida pessoal e profissional.

Além disso, as empresas devem investir em programas de bem-estar, promovendo hábitos saudáveis no ambiente de trabalho. Isso inclui a contratação de profissionais, como psicólogos especializados, que podem orientar os funcionários e encaminhá-los para o tratamento adequado.

Outras iniciativas que podem ser adotadas pelas empresas incluem o biofeedback, que analisa as reações do corpo a situações estressantes, e a quick massage, uma massagem rápida para aliviar a tensão e melhorar o bem-estar.

Passar por episódios de depressão ou ansiedade não é sinal de fraqueza. O aumento desses problemas tem relação direta com o estilo de vida atual, e é fundamental preveni-los e tratá-los da forma correta. Não negligencie a saúde mental dos seus colaboradores, pois eles são a parte essencial de qualquer empresa.

Fonte: BeeCorp

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