A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Ela pode afetar a pele, causando manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, além de perda de sensibilidade e fraqueza muscular, que, em alguns casos, podem ser permanentes.
Acredita-se que a transmissão ocorra pela inalação de gotículas de saliva de pessoas infectadas. O risco de contágio é maior para quem tem contato frequente com essas pessoas, possui doenças que enfraquecem o sistema imunológico ou faz uso de medicamentos imunossupressores.
Se houver suspeita de hanseníase, é essencial procurar um dermatologista para confirmar o diagnóstico. O tratamento é feito com antibióticos e pode durar de 6 meses a 2 anos.
Principais sintomas:
- Manchas brancas, acastanhadas ou avermelhadas na pele;
- Diminuição ou perda da sensibilidade na área da pele com mancha;
- Sensação de formigamento, choque ou dormência nos braços e pernas;
- Fraqueza muscular;
- Diminuição ou queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas;
- Menor produção de suor na área da pele afetada;
- Ressecamento ou sensação de areia nos olhos;
- Deformidades no nariz ou cavidade nasal.
As alterações na pele nem sempre são facilmente notadas e podem variar de acordo com o tipo de hanseníase. Além disso, em alguns casos, pode haver febre, dor nas articulações e caroços dolorosos na pele.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da hanseníase geralmente é feito por um dermatologista, que avalia os sintomas, as características das lesões na pele e realiza testes para verificar a sensibilidade da área afetada.
Além disso, o médico pode fazer uma raspagem da lesão ou uma biópsia da pele para identificar a presença da bactéria Mycobacterium leprae e confirmar a doença.
Causa da hanseníase
A hanseníase é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta principalmente os nervos próximos à pele, em áreas como face, pescoço, braços e cotovelos. Essa infecção prejudica a transmissão dos sinais nervosos, incluindo aqueles responsáveis pela sensibilidade, o que pode resultar na perda de sensação nessas regiões.
Hanseníase é lepra?
Hanseníase e lepra são a mesma doença. O termo “lepra” é mais antigo e popular, mas atualmente, “hanseníase” é o nome mais usado para evitar estigmas e promover uma abordagem mais respeitosa e científica sobre a condição.
Transmissão da hanseníase
Acredita-se que a hanseníase seja transmitida por via respiratória, ou seja, quando uma pessoa inala gotículas de saliva contendo a bactéria, que são liberadas quando alguém infectado tosse ou espirra.
No entanto, o contágio geralmente ocorre após um contato próximo e prolongado com a pessoa doente, e pode demorar meses até que a infecção aconteça.
O risco de contrair hanseníase é maior em crianças, idosos, pessoas com HIV, quem está em tratamento de quimioterapia ou faz uso de medicamentos imunossupressores.
Tipos de hanseníase
A hanseníase pode ser classificada em 4 tipos principais:
1. Hanseníase virchowiana
A hanseníase virchowiana é a forma mais contagiosa da doença e, geralmente, não provoca manchas na pele. No entanto, a pele pode ficar avermelhada e seca, com aparência semelhante à casca de laranja. Caroços escuros e endurecidos podem aparecer, e há também a perda de pelos, especialmente nas sobrancelhas.
Além disso, é comum que a pessoa sinta cãibras, formigamentos e dores nas articulações devido a essa forma da hanseníase.
2. Hanseníase tuberculoide
A hanseníase tuberculóide é mais comum em crianças e geralmente causa o aparecimento de um nódulo ou uma mancha elevada na pele, com bordas bem definidas e um centro mais claro. Nesse tipo de hanseníase, a sensibilidade na área afetada da pele tende a ser reduzida.
3. Hanseníase indeterminada
A hanseníase indeterminada é mais frequente em crianças menores de 10 anos e pode ser inicialmente identificada pelo surgimento de uma mancha clara e mal delimitada na pele. Normalmente, a pele onde a mancha surgiu é mais seca e a sensibilidade no local é menor.
4. Hanseníase dimorfa
A hanseníase indeterminada é mais comum em crianças com menos de 10 anos e costuma ser identificada no início pelo aparecimento de uma mancha clara e mal delimitada na pele. Geralmente, a área afetada fica mais seca, e a sensibilidade no local é reduzida.
Além disso, é comum afetar nervos, causando alterações na sensibilidade e dificuldade de movimento em partes do corpo.
Como é feito o tratamento
O tratamento da hanseníase normalmente é feito com antibióticos, como dapsona, rifampicina e clofazimina, por 6 meses a 2 anos. Embora seja um tratamento demorado, é muito importante que seja feito até o final, para evitar que a doença retorne ou fique resistente.
Hanseníase tem cura?
A hanseníase pode ser curada, especialmente quando a doença é identificada no início e o tratamento é feito de acordo com as orientações do médico. No entanto, algumas vezes, mesmo com o tratamento adequado não é possível recuperar a força muscular ou a sensibilidade da pele.
Como prevenir
A principal forma de prevenir novos casos de hanseníase é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado. Isso é importante porque, após o início do tratamento, a transmissão da bactéria é interrompida.
Portanto, caso haja contato com pessoas diagnosticadas com hanseníase, especialmente se forem familiares que vivem na mesma casa, é essencial consultar um dermatologista para uma avaliação.
Além disso, manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e cobrir a boca ao tossir ou espirrar, é fundamental, especialmente se você convive com alguém com hanseníase ou tem a doença, mas ainda não iniciou o tratamento.
Fonte: Tua Saude