O que é adoção?
Dia 25 de maio é celebrado o Dia Nacional da Adoção. Parece uma questão básica que qualquer pessoa pode responder, mas, há muitos equívocos quando se trata da prática de adoção. Não é à toa que é um processo visto como burocrático por aqui. Segundo a Lei da Adoção, trata-se do acolhimento e garantia da convivência familiar a todas as crianças e adolescentes, com base na Lei 8069, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O ECA prevê que todos os menores de 18 anos gozem dos direitos fundamentais à pessoa humana, com o desenvolvimento pleno de suas capacidades em um ambiente seguro e com as melhores condições de liberdade e dignidade. Logo, mais do que acolher uma criança para morar e conviver com você, é preciso estar ciente de toda a estrutura (psicológica, inclusive) que ela precisará para que se adapte de forma integral à nova família.
Escolher crianças para adoção vai muito além de um simples desejo ou capricho. É necessário ficar claro que todos os direitos e deveres de pais biológicos são transferidos para a família substituta, que começa a ter a responsabilidade plena de tudo que refere-se ao jovem, sobretudo quanto à saúde, educação, cultura, formação profissional e, claro, seguindo as leis e normas descritas pelos órgãos responsáveis.
O que a criança adotada precisa?
Independentemente de qualquer condição, toda criança e adolescente deve contar com direitos básicos prescritos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Desde o abrigo, o preparo psicossocial dos menores deve ser fundamental e sempre acompanhado, para que seja adotada e tenha contato com um ambiente totalmente favorável para seu crescimento e desenvolvimento, sem sofrer qualquer tipo de bullying ou preconceito.
O reconhecimento e valorização de vínculos familiares, a compreensão das diferenças, orientação educacional (comum ou especial inclusiva) e de saúde em todos os níveis, o acesso às atividades de recreação, uma alimentação digna e o espaço para exposição de seus pensamentos, metas e reflexões são pontos essenciais para todos os menores que, em grande parte, já viveram situações de risco e problemas graves.
Não há nada melhor que o amor, respeito e os mais distintos sentimentos nobres para garantir que as crianças para adoção vivam em um ambiente harmônico, de forma que cresçam e tornem-se ótimos cidadãos, integrados à sociedade e com uma vida digna. Esse aspecto é primordial e, embora seja o maior desafio dos adotantes, também pode ser aprimorado tanto na convivência quanto com auxílios externos.
Fonte: EducaMundo