Animais de estimação podem ser como a família humana? Ciência diz que sim

Cute couple in a bedroom. Lady in a white sweater. Pair with a dog

Há um número crescente de pessoas que dedicam cuidado e afeto aos seus animais de estimação como fariam por um membro da família. De acordo com o sociólogo Wlaumir Souza, isso se deve ao fato de que os animais preenchem as lacunas afetivas das pessoas. 

“Tudo que eu aspiro de amor, eu vejo no olhar do animal. Por vezes, ele pode até mesmo assumir a posição de um terapeuta, que ouve e que, aparentemente, nos compreende”, reflete Souza, que é doutor em sociologia pela Unesp (Universidade Estadual Paulista). 

Do ponto de vista científico, a ligação emocional entre donos e seus animais de companhia pode ser tão profunda quanto a de parentesco biológico. Um estudo revelou que áreas do cérebro relacionadas às emoções e à afiliação são ativadas de forma semelhante. Isso foi observado tanto em mães interagindo com seus filhos quanto em mulheres interagindo com seus cães. “Os animais de estimação inspiram cuidados, levam à modificação da casa e dos planos, incentivam a saída e a permanência em casa. Portanto, o amor que os animais despertam em nós pode ser comparável ao que sentimos por um filho, enriquecendo qualquer contexto”, afirma Ivana dos Santos Teixeira, doutora em antropologia social pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Segundo especialistas consultados pelo VivaBem, a importância dos animais em nossas vidas também se deve ao contexto contemporâneo, caracterizado por famílias cada vez menores e um envelhecimento da população, fatores que posicionam o Brasil como o terceiro país do mundo em número de animais de estimação, conforme dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). 

Contudo, para integrar essa família multiespécie, os animais, assim como os filhos precisam aprender como se comportar. Existem cada vez mais serviços que oferecem treinamento e atividades para os pets: escolas, treinadores, passeadores de cães, entre outros, que trabalham aspectos indesejados pela família, como latidos excessivos, agressividade, hiperatividade, eliminação em locais inadequados, e assim por diante. Assim, não só a família se adapta ao novo membro, como também os animais são moldados e passam a se familiarizar com as rotinas, hábitos e até mesmo expressões faciais de seus donos, ajustando-se às deles em resposta. Não à toa, o animal resmunga quando o dono está prestes a sair de casa ou fica à espreita na porta o aguardando voltar do trabalho. 

Fonte: Viva Bem 

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