Correr é um dos exercícios físicos com maior gasto calórico. Graças aos seus benefícios e acessibilidade, a prática tem ganhado cada vez mais adeptos. Classificada como aeróbica, a corrida aumenta a taxa metabólica de repouso, beneficia o sistema cardiovascular e ainda tonifica os músculos, principalmente, os da parte inferior do corpo e aumenta as capacidades de força, resistência, equilíbrio e flexibilidade.
“Exercícios como a corrida auxiliam na diminuição da pressão arterial, o que consequentemente reduz a hipertensão. O colesterol bom (HDL) aumenta e há uma redução do mau colesterol (LDL). Há também um auxílio fundamental na prevenção e diminuição dos índices de diabetes tipo dois”, destaca Danyele Cassimiro de Araújo, profissional de Educação Física do Programa de Melhoria da Qualidade de Vida – Geração Saúde do Ministério da Saúde.
Além de todos esses fatores físicos também é de suma importância citar os benefícios psicológicos dessa atividade. “Há uma substância liberada pela hipófise que é a responsável por causar aquele sentimento de bem estar no corredor: a endorfina. Ela regula a emoção, ajuda a relaxar e gera prazer. Muitos consideram um analgésico natural do corpo. É muito citado hoje em dia pela sua importância em tratamentos como o da depressão, por exemplo”, completa.
O ortopedista do grupo de medicina do esporte do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), vinculado ao Ministério da Saúde, Rodrigo Rodarte, lembra a importância de uma avaliação médica antes da prática de qualquer exercício físico. “É importante verificar o peso corporal, a resistência cardiovascular e a saúde das articulações. Outra recomendação é preparar uma programação de corrida junto ao educador físico, capacitado para a montagem e elaboração das sessões de treinamento”, aconselha o médico.
Do contrário, a prática pode ser perigosa e suscetível à ocorrência de lesões, causando assim a interrupção dos treinos. O especialista frisa que é importante fortalecer os músculos para absorver o impacto da corrida e não esquecer do alongamento e aquecimento das articulações antes da prática do exercício.
Caminhada – A profissional de Educação Física do Programa de Melhoria da Qualidade de Vida – Geração Saúde ressalta que, assim como a corrida, a caminhada também traz benefícios físicos e mentais e não deve ser descartada como opção. “A pessoa deve se adaptar ao que melhor combina com o nível de condicionamento, peso corporal, histórico de lesões e capacidades funcionais. Os esforços devem aumentar periodicamente, gradativamente e sempre com uma correta orientação de um profissional capacitado”, orienta Danyele.
Ela acrescenta que nas duas modalidades, o praticante deve usar um tênis adequado, com sistema de amortecimento para evitar sobrecargas nas articulações, principalmente, dos joelhos. “O tênis deve estar em bom estado de conservação, com os amortecedores ainda funcionando”, frisa.
Fonte: Blog da Saúde – Fonte: Ana Paula Ferraz / Comunicação Interna do Ministério da Saúde