O papiloma vírus humano (HPV) não é apenas um vírus e sim uma família com cerca de 200 tipos. Classificados por ‘alto’ ou ‘baixo’ risco de câncer, a maioria é sexualmente transmissível e pode provocar lesões na pele ou mucosa. Os de alto risco, geralmente, estão relacionados a tumores malignos e são eles que causam 90% dos cânceres de colo de útero. Alguns estudos indicam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas, no mundo, serão infectadas por um ou mais tipos de HPV, em algum momento da vida.
A transmissão do papiloma acontece por meio do contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos em relações sexuais, podendo causar ferimentos na vagina, colo do útero, pênis e ânus. O uso da camisinha é a maneira mais eficaz para reduzir a possibilidade de contágio. Por isso, a utilização do preservativo é recomendada em qualquer tipo de relação, mesmo naquela entre casais estáveis.
Diagnóstico – o HPV pode ser diagnosticado por meio de exames ginecológicos. As lesões precursoras do câncer podem ser identificadas através do exame preventivo chamado Papanicolau e o diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais como o teste de captura híbrida e o exame de sangue PCR. Ambos estão disponíveis no SUS , gratuitamente, em todos os estados do país.
Transmissão do homem para a mulher – O fato de o homem ter tido relação sexual com uma mulher infectada pelo HPV não significa que ele transmitirá a infecção. Entretanto, é recomendado que os homens procurem um urologista para realizar a peniscopia ou o teste de biológico que detecta a presença do DNA do HPV.
Vacina contra HPV – A vacina, que estará disponível a partir de março de 2014 (1ª dose), é a quadrivalente, usada na prevenção contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer. O imunobiológico para prevenção da doença é seguro e tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus.
As três doses serão aplicadas nas pré-adolescentes com autorização dos pais ou responsáveis. A estratégia de imunização será mista, ocorrendo tanto nas unidades de saúde quanto nas escolas públicas e privadas. A incorporação da vacina complementa as demais ações preventivas do câncer de colo do útero, como a realização rotineira do exame preventivo (Papanicolau) e o uso de camisinha em todas as relações sexuais.
Fonte: Blog da Saúde/Ministério da Saúde
27 de novembro – Dia Nacional de Combate ao Câncer