Mania e hipomania bipolar: o que são, sintomas e tratamento 

A mania é uma etapa do transtorno bipolar, com euforia intensa, aumento de energia, agitação, inquietação, megalomania, redução do sono e possíveis manifestações de agressividade, delírios e alucinações. 

A hipomania é uma forma mais leve de mania, com sintomas menos graves e impacto menor na rotina diária, como fala excessiva, maior disposição, impaciência, sociabilidade, iniciativa e energia para atividades diárias. 

Pessoas com transtorno bipolar alternam entre mania ou hipomania e depressão. O transtorno é classificado como bipolar tipo 1 (mania e depressão) ou bipolar tipo 2 (hipomania e depressão). 

Variações sutis de humor são comuns nas pessoas, não indicando necessariamente mania ou transtorno bipolar. O diagnóstico da mania bipolar requer avaliação dos sinais e sintomas por um psiquiatra. 

Principais sintomas:  

A mania e hipomania bipolar provocam sentimentos de euforia que são muito desproporcionais em relação a qualquer evento positivo.  

Os principais sintomas incluem:  

1. Mania Bipolar 

O episódio maníaco apresenta sintomas que incluem: 

  • Euforia excessiva; 
  • Autoestima inflada ou mania de grandeza; 
  • Falar excessivamente; 
  • Pensamento acelerado, com fuga de ideias; 
  • Muita distração; 
  • Maior agitação ou energia para realizar atividades; 
  • Perda do controle sobre suas atitudes; 
  • Envolvimento em atividades arriscadas e que normalmente exigem cautela, como investimentos financeiros insensatos, fazer compras desenfreadas ou apetite sexual muito aumentado, por exemplo; 
  • Pode haver irritabilidade ou agressividade; 
  • Pode haver delírios ou alucinações. 

Para ser considerada mania, o evento deve apresentar pelo menos 3 sintomas, durar pelo menos 4 dias e persistir a maior parte do dia, ou ser tão grave a ponto de requerer hospitalização. Esses sintomas têm um impacto significativo nas relações sociais e profissionais do indivíduo, sendo considerada uma emergência médica e social que requer tratamento imediato. 

2. Hipomania  

Os sinais e sintomas de um episódio de hipomania são semelhantes aos da mania, no entanto, são mais leves. Os principais incluem: 

  • Euforia ou humor elevado; 
  • Maior criatividade; 
  • Redução da necessidade de sono, já estando descansado após dormir cerca de 3 horas, por exemplo; 
  • Falar mais que o normal ou tagarelar; 
  • Pensamento acelerado; 
  • Fácil distração; 
  • Agitação ou aumento da energia para realizar atividades; 
  • Realizar facilmente atividades que exigiriam maior cautela, como compras desenfreadas, investimentos financeiros arriscados e aumento do apetite sexual. 

A hipomania não prejudica as relações sociais e profissionais, não causa delírios ou alucinações e geralmente dura cerca de 1 semana. Não requer hospitalização e, em alguns casos, pode passar despercebida. Isso pode levar os pacientes a serem diagnosticados erroneamente apenas com depressão, pois a alternância de humor pode não ser identificada. 

Como confirmar 

O episódio de mania ou de hipomania é identificado pelo psiquiatra, que irá avaliar os sintomas relatados pelo paciente ou por pessoas próximas. 

Também é importante que o médico faça avaliações e exames que possam afastar outras doenças ou situações que provocam sintomas parecidos, como desregulação da tireoide, efeitos colaterais de medicamentos, como corticóides, uso de drogas ilícitas ou outras doenças psiquiátricas, como esquizofrenia ou transtornos de personalidade, por exemplo.   

Como tratar 

O tratamento do transtorno bipolar é orientado pelo psiquiatra, feito com medicamentos que atuam estabilizando o humor como Lítio ou Valproato, por exemplo. Também podem ser indicados antipsicóticos, como Haloperidol, Quetiapina ou Olanzapina, para acalmar o comportamento e diminuir os sintomas psicóticos. 

A psicoterapia feita pelo psicólogo é muito útil para ajudar o paciente e a família a lidar com as alterações do humor. Ansiolíticos também podem ser indicados nos casos de muita agitação e, além disso, nos casos graves ou resistentes ao tratamento pode ser indicada a eletroconvulsoterapia. 

Fonte: Tua Saude 

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