O controle das doenças sexualmente transmissíveis não depende somente de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Segundo o Ministério da Saúde é fundamental que os parceiros sexuais também façam testes e sejam das doenças, entre elas a sífilis. Ela pode ser transmitida durante uma relação sexual sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou o parto.
Os principais sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais, caroços nas virilhas, manchas pelo corpo e queda de cabelos. Se não for tratada a tempo, a sífilis pode causar cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas de coração e até mesmo matar. Angelica Miranda, membro do Grupo técnico assessor de DST do Ministério da Saúde, diz que é fundamental que o parceiro também faça o tratamento da doença, principalmente se a mulher estiver com suspeita da doença.
“Um dos grandes problemas da sífilis é a transmissão vertical. Quando a gente trata a gestante no pré-natal, mas o parceiro sexual não é tratado, essa gestante pode se reinfectar aumentando muito a chance da transmissão vertical para o bebê. Devemos colocar em pauta de discussão a importância do parceiro sexual participar da primeira consulta de pré-natal. Porque é quando se faz todos os exames da rotina. Temos a oportunidade de fazer também todos os exames no parceiro pois se ele tivesse a chance de ter sífilis ou alguma outra DST, ele poder ser diagnosticado e tratado juntamente com a gestante”, destaca.
O tratamento da sífilis está disponível de graça no SUS, Sistema Único de Saúde. O tratamento é feito com penicilina. Quem se trata da sífilis, não contamina o parceiro.
19 de outubro – Dia Nacional de Combate à Sífilis