Poluição e Gravidez

gravidez e poluição

Gestantes que ficam expostas a altos níveis de poluição do ar tem mais chance de sofrer aborto espontâneo do que quem respira ar puro.

A gestante e a poluição

De acordo com um estudo feito pela Universidade de Utah, publicado na revista científica “Fertility and Sterility”, altos níveis do poluente dióxido de carbono (NO²) aumentam em 16% o risco de aborto espontâneo. Produzido pela queima de combustíveis fósseis, o NO² é um gás bastante presente em diversos lugares poluídos do mundo.

No Brasil, a contaminação por NO² atinge diversos centros urbanos – São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador –, segundo a Plataforma de Qualidade do Ar do Instituto de Energia e Meio Ambiente.

Estudos anteriores já haviam analisado o risco de aborto em casos em que a exposição à poluição é prolongada. Mas essa é a primeira vez que um estudo é publicado com análise de exposição por um curto período. Foi ao perceber um padrão aparente entre a perda da gravidez e a qualidade do ar, que Matthew Fuller, um dos autores do estudo resolveu investigar a fundo essa questão.

De acordo com Fuller, respirar um ar muito poluído por um curto tempo no primeiro trimestre da gravidez gera o mesmo perigo de perda do bebê do que fumar tabaco.

A pesquisa foi uma análise de casos de aborto entre 2007 e 2015 e envolveu 1,3 mil mulheres do estado americano de Utah. Os pesquisadores analisaram o risco de aborto em um período de três a sete dias depois de picos de concentração de poluentes do ar na região. Essas mesmas mulheres foram analisadas em diferentes momentos (um tipo de estudo conhecido como cross-over), assim foi possível excluir outros fatores relativos ao risco de perda do bebê, como idade da mãe, por exemplo.

Como analisou casos retrospectivos, o levantamento não foi capaz de analisar a idade do feto no momento do aborto, portanto não conseguiu apontar em que momento o feto fica mais vulnerável à poluição.

Fonte: https://glo.bo/2GnWZq1

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