28 de maio é o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. A mortalidade materna é um importante indicador da qualidade de saúde ofertada para as pessoas. É também fortemente influenciada pelas condições socioeconômicas da população.
Em 2013, a mortalidade materna no mundo foi de 12 mortes por 100 mil nascidos vivos nos países desenvolvidos, e de aproximadamente 233 mortes por 100 mil nascidos nos países subdesenvolvidos. No Brasil foram 68 mortes por 100 mil nascidos em 2010. Em média, 40% a 50% das causas podem ser consideradas evitáveis. O atraso no reconhecimento de condições modificáveis, na chegada ao serviço de saúde e no tratamento adequado, está entre as principais causas das altas taxas de mortalidade materna ainda presentes na maior parte dos estados brasileiros.
O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é garantir o bem-estar materno e fetal. Para isso, as equipes de saúde da Atenção Primária devem acolher a mulher desde o início da gravidez (o mais precoce possível, no início ou até antes da gestação); reconhecer, acompanhar e tratar as principais causas de morbimortalidade materna e fetal; e estar disponíveis quando ocorrerem intercorrências durante a gestação e puerpério.
A marcação das consultas deve ser rápida e fácil. O atendimento deve primar pela ótima qualidade. É fundamental que os exames do pré-natal sejam rapidamente realizados. A equipe também deve atentar para a vacinação e estado nutricional da gestante, bem como aproveitar as consultas para oferecer o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de colo uterino. Por fim, após o parto, é fundamental garantir o acompanhamento da mãe e da criança durante o puerpério. Garantir um acompanhamento no pré-natal e puerpério de alta qualidade, acessível e próximo ao domicílio da gestante é um grande passo para a redução da mortalidade materna.
Fonte: Telessaude RS