Você sempre acorda cansado e costuma roncar? Atenção, isso pode ser apneia do sono.
Entenda o que é a Apneia do Sono e como é o seu tratamento.
O que é a Apneia do Sono?
Quase toda a população para de respirar por alguns segundos em algum determinado momento do sono, isso acontece sem que se sofra nenhum dano. Muitas das vezes isso ocorre porque as vias aéreas ficam obstruídas e a passagem de ar é dificultada.
Porém se isso acontece muitas vezes enquanto a pessoa dorme, pode ser considerado que ela sofra da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), uma problema que pode ter consequências negativas não só para o bem-estar ao longo do dia como na saúde em geral.
Prevalência da Apneia do Sono
O problema é bem mais frente do que se imagina, essa condição afeta de 33 a 53% da população brasileira, dessa porcentagem, a maioria nem sabe que tem essa condição. Segundo especialistas, isso acontece porque a anatomia do ser humano facilita o problema. A obesidade e o envelhecimento são fatores que aumentam o risco.
A prevalência é maior em adultos, especialmente após os 65 anos de idade. É mais comum entre os homens, mas após a menopausa as mulheres passam a ter o mesmo risco. Entre as crianças, acomete de 3 a 15% da população, independente do sexo. Entre indivíduos obesos, 60% têm a síndrome.
Possíveis complicações da Apneia do Sono
Além de prejudicar a oxigenação, as interrupções respiratórias levam a pessoa a despertar, sem perceber, diversas vezes durante a noite. Isso causa cansaço e sonolência durante o dia, falta de produtividade e até de libido.
As consequências ao longo prazo são, porém, a maior preocupação dos especialistas em sono, pois ela aumenta o risco de hipertensão, diabetes, depressão, doença arterial coronariana e de morte por infarto ou derrame.
Relação entre Ronco e Apneia do Sono
O ronco é a vibração dos tecidos das vias aéreas diante da passagem do ar. Quanto maior o esforço para respirar e a flacidez desses tecidos, mais barulhento será o ronco. A obstrução pode causar uma apneia completa ou parcial. Por isso, o ronco pode ser um sinal da síndrome da apneia obstrutiva do sono, mas nem sempre está relacionado a ela.
Ou seja, nem todo mundo que ronca tem apneia, mas muita gente que tem apneia, ronca.
É importante observar que quem ronca alto ou sofre de cansaço e sonolência diurnos sem razão aparente deve consultar um profissional de saúde.
A medicina do sono é uma área de atuação que envolve diferentes especialistas, como neurologistas, otorrinolaringologistas, pneumologistas, entre outros.
Alguns sinais e sintomas
Os mais comuns são:
▪ ronco alto e frequente
▪ ronco irregular (por conta das paradas respiratórias)
▪ engasgos durante o sono (podendo fazer a pessoa acordar ou não)
▪ sonolência e cansaço durante o dia
Não tão comuns, porém podem ocorrer:
▪ dor de cabeça ao acordar
▪ sono agitado
▪ aumento da vontade de urinar durante a noite
▪ boca seca ou sede ao acordar
▪ perda de produtividade
A Apneia do Sono pode causar ou agravar algumas condições, como:
▪ irritabilidade
▪ depressão
▪ ansiedade
▪ problemas de libido
▪ dificuldade de aprendizado
▪ problemas de memória ou concentração
▪ agravamento da asma
▪ diabetes
▪ hipertensão
▪ arritmias cardíacas
▪ doença cardiovascular como infarto e derrame
Causas e Fatores de Risco
A apneia do sono pode ser causada por conta da estrutura física ou por condições que afetam a saúde da pessoa. Mais frequente do que se possa imaginar, há mais de um fator de risco em jogo, sendo algum deles:
▪ Obesidade: quando a pessoa engorda, também há depósitos de gordura nas estruturas que envolvem a faringe e a lingua, reduzindo o espaço para a passagem de ar. O ganho de peso é considerado, por isso, um dos principais fatores de risco para a síndrome.
▪ Congestão Nasal: quadros infecciosos ou crônicos, como rinite alérgica, podem facilitar a apneia.
▪ Uso de álcool: a bebida alcoólica aumenta o relaxamento dos músculos da boca e da garganta e também pode interferir no controle do cérebro sobre os músculos envolvidos na respiração.
▪ Genética: algumas pessoas podem ter uma predisposição familiar à apneia. Também há certos genes envolvidos no risco mais alto de obesidade e inflamação.
Como realizar o diagnóstico
Para avaliar uma suspeita de apneia do sono, é comum o médico questionar sobre a qualidade do sono, queixas sobre ronco e cansaço diurno, além de examinar a circunferência do pescoço, o interior do nariz e as mandíbulas.
A condição só pode ser confirmada com a realização de um exame em que a pessoa dorme com vários sensores ligados ao corpo para registro do fluxo respiratório, da atividade elétrica cerebral, da frequência cardíaca, da oxigenação do sangue e dos movimentos do corpo.
Em geral, é necessário que o paciente durma no laboratório, embora hoje existam versões simplificadas que permitem uma triagem inicial em casa.
Com esse exame a apneia pode ser classificada, como:
LEVE: de cinco a quatorze apneias por hora
MODERADA: de quinze a vinte e nove apneias por hora
GRAVE: trinta ou mais apneias por hora
Fonte: http://bit.ly/2VU1wcY