Tosses persistentes por mais de duas semanas, febre baixa, principalmente no final da tarde e início da noite, suor excessivo durante a noite, falta de apetite, cansaço e dor no peito. Esses são os principais sintomas da tuberculose, doença infecciosa e transmissível pelo ar.
A tuberculose tem causa bacteriana e compromete na maioria das vezes os pulmões, mas também pode afetar outros órgãos e sistemas do organismo. A doença prevalece duas vezes mais em homens, devido a diversos fatores, como a maior exposição desde a infância e a pouca frequência em tratamentos preventivos. Atualmente, a tuberculose é a principal causa de mortes de pessoas infectadas pelo HIV/Aids, pois também ataca as células de defesa e imunidade do organismo.
Pessoas com tuberculose ativa podem transmitir a doença através da tosse, espirros e também ao falar. De acordo com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, do Ministério da Saúde, é difícil que haja a transmissão da doença por roupas, lençóis, copos e outros objetos.
Existe um período de incubação, o que significa que nem sempre quem tem tuberculose está com ela ativa. E nem sempre quem está com tuberculose ativa acabou de ser infectado. O risco de adoecer é maior nos primeiros dois anos após a primeira infecção, mas, uma vez infectado, o paciente pode adoecer em qualquer momento da vida.
O objetivo do Ministério da Saúde, com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, é acelerar o processo de queda da quantidade de casos de infecção e a redução do número de mortes por tuberculoses no Brasil. Segundo o Coordenador do Programa, o médico sanitarista Draurio Barreira, há 17 anos o Brasil tem quedas nas taxas de incidência da doença em tem mantido uma tendência de queda no número de incidência e mortalidade por conta da tuberculose. O Brasil ainda faz parte da lista de 22 países com maior número de casos.
Tratamento – O tratamento para a tuberculose é longo, dura no mínimo seis meses. “Muitas pessoas, cerca de 10% dos pacientes, abandonam o tratamento antes do final. Isso é grave, pois é comprovado que a pessoa não é curada em menos de 6 meses”, afirma o médico Draurio Barreira. Segundo ele, dois meses após começar a tomar os remédios, o paciente já percebe que sintomas como tosse, febres, sudorese e outros são reduzidos significativamente e, por isso, acha que já está curado.
Além do tratamento medicamentoso, quando se descobre estar infectado, o coordenador também recomenda como prevenção ventilar residências e ambientes de trabalho, com portas e janelas abertas e também deixar que o sol entre nesses espaços.
Fonte: Kathlen Amado / Blog da Saúde